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Primeiro um novo adulto!

Primeiro um novo adulto. As crianças, deixemos em paz! 

Antes que algo mude fora...primeiro um novo "eu"!

Tudo o que desejamos que mude, em nosso meio, em nossa sociedade, 'fora de nós', está ali fazendo um papel importante a ser honrado em nosso caminho evolutivo como espécie, como civilização, como espíritos. Tudo o que consideramos ruim, como um governante corrupto, um sistema de ensino falho, um modelo econômico injusto, um relacionamento frustrado, está aí pulsando como um alarme em nossa vida e pedindo atenção, como dizendo:

'Olhe para mim, me reconheça, e perceba que já não precisa mais de mim, que já pode seguir adiante para outras experiências e aprendizados'. O universo nos presenteia com espelhos para que, passo a passo, tomemos consciência que a mudança é interna. Reconhecer que o que está fora, e pode parecer mal, é um convite para olhar para dentro. E aí entra nossa visão que com carinho queremos compartilhar de uma nova educação: Tudo está conectado! Hermes Trimegisto disse que o que está em cima, está embaixo, o que está fora, está dentro. Seres humanos conscientes de sua necessidade de uma viagem interna, de melhorarem a si mesmos, de reconhecerem as suas sombras, de serem maestros de suas
próprias vidas, vão muito naturalmente expressar uma nova realidade em todos os pilares de nossa sociedade. Tudo que aí está é uma expressão do absoluto, do um, do mesmo 'todo'. Platão dizia que ninguém pode governar um estado, se não governa a si mesmo. E assim faço uma ponte com a educação.
A nova educação, parte muito antes de uma nova abordagem de ensino, outra pedagogia ou na escolha, se o correto é foco no aluno ou no professor. A nova educação parte do ponto inicial de todas mudanças: o ser humano, que se sente conectado com o todo, que se sente intimamente responsável e honra tudo o que está em sua volta. E que ao sentir-se conectado naturalmente percebe que há de deixar as coisas, os outros, apenas serem. E assim começamos a expressar na prática uma das faces do que viemos aprender: o amor, o não controlar, o deixar livre, o deixar 'ser'. Se nos sentimos honrados e conectados com a natureza, deixamos a natureza ser, se nos sentimos conectados e honramos os animais, deixamos eles serem o que são, e muito importante, se nos percebemos todos como uma mesma família divina, espiritual, experimentando e procurando juntos evoluir nesse plano, vamos ser agradecidos, e honrar todos humanos, a começar pelas crianças. E então, deixemos as crianças serem! Pois o que as crianças são? São nossos mestres, em uma expressão espiritual, pequenos 'Budas', 'Cristos' , pequenos gênios, sim, como um Da Vinci, como um Mozart. O novo educador, é um novo ser humano, que confia, que tem uma fé cheia de coragem e que aceita perder o controle. Que sabe que as crianças vão aprender o que devem aprender e, que tudo é permeado de uma sabedoria e perfeição. O novo educador, entende o quão sagrado é, e é grato por estar aqui. E então olha para as crianças, e as honra. Permite à elas expressar sua natureza, seus propósitos como espíritos conscientes de sua existência, O novo educador é um guardião dos locais onde essas crianças se reúnem para experimentar, brincar, aprender, se expressar. Olhe para si, encontre seu eu, esteja em paz, e expresse esse estado equânime ao seu redor.

 Thiago Berto
Cidade Escola Ayni

✅️ Quer conhecer mais sobre nosso trabalho na educação?

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Primeiro um novo adulto. As crianças, deixemos em paz! Antes que algo mude fora...primeiro um novo "eu"! Uma nova educação, parte muito antes de uma nova abordagem de ensino, de um novo método ou nova pedagogia. Acreditamos que uma nova educação parte do ponto inicial de todas mudanças: O próprio ser. Adultos mais sensíveis às suas relações com as crianças. Que uma vez mais conectados consigo mesmo, lembram e sabem do que é ser criança nesse mundo. De como nós, quando crianças, buscávamos acolhimento e compreensão. E não que nos dissessem apenas o que fazer, o que ser. Acreditamos em colocar as prioridades em seu lugar. Ambientes educativos devem proporcionar o desenvolvimento cognitivo, sócio-emocional, mostrar como é esse mundo. Mas principalmente devem acolher as crianças. Acolher os pequenos mestres. De alguma forma falar em seus ouvidos: "Seja bem-vinda, seja bem-vindo, aqui você está seguro. Está sendo reconhecido, visto, cuidado. Sempre que pre

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